No primeiro dia do julgamento de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizou um ato de protesto em frente à sede do Partido Liberal (PL) em São Paulo. A manifestação, que reuniu centenas de pessoas, teve como objetivo expressar o repúdio do movimento às ações e políticas do ex-presidente.
A coordenadora nacional do MTST, Ana Paula Perles, declarou em um megafone que o ato servia para “lavar a alma” da população, rememorando momentos considerados sombrios da gestão Bolsonaro, como a demora na aquisição de vacinas durante a pandemia de Covid-19, que resultou em mais de 700 mil mortes no país. “Que não volte nunca mais. Nem ele, nem a família dele”, afirmou Perles.
Os manifestantes empunhavam cartazes com mensagens como “Bolsonaro na Papuda” e “Prisão para os golpistas”, demonstrando o desejo de ver o ex-presidente responsabilizado por seus atos. O protesto ocorreu durante o intervalo do julgamento no STF, intensificando a pressão popular sobre o caso.
Em nota oficial, o MTST enfatizou a importância histórica do julgamento, destacando que “é a primeira vez que militares serão julgados por tentativa de golpe de Estado, é uma vitória real da democracia contra o golpismo, a extrema direita e os falsos patriotas”. Ao longo do dia, ações semelhantes foram realizadas em outros estados, como Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Além de Bolsonaro, outros sete réus estão sendo julgados pela Primeira Turma do STF por envolvimento na trama golpista. O julgamento marca um momento crucial para a democracia brasileira, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos na tentativa de subverter a ordem constitucional.