Sushila Karki assume liderança em meio a crise política
Sushila Karki é a primeira mulher a assumir o cargo de primeira-ministra interina do Nepal, em meio a protestos anticorrupção.
Sushila Karki, ex-presidente da Suprema Corte do Nepal, foi empossada como primeira-ministra interina nesta sexta-feira (12), tornando-se a primeira mulher a liderar o país. A nomeação dela acontece após uma onda de protestos violentos anticorrupção, que forçaram a renúncia do então primeiro-ministro K.P. Sharma Oli.
O contexto dos protestos
Os protestos, conhecidos como movimento “Geração Z”, envolveram principalmente jovens e foram desencadeados por uma proibição de redes sociais que já foi revogada. Com mais de 51 pessoas mortas e mais de 1.300 feridas, a situação se agravou rapidamente, levando à renúncia de Oli. A violência diminuiu apenas após essa mudança de liderança.
O papel de Sushila Karki
Karki, que ocupou a presidência da Suprema Corte por cerca de um ano até 2017, foi escolhida pelos manifestantes por sua reputação de honestidade. Ela terá como desafios a investigação da violência durante os protestos e a promoção de uma governança eficaz. Segundo analistas, a nova primeira-ministra deve garantir a segurança da população e fortalecer as instituições de policiamento.
Desafios à frente
Além de organizar novas eleições para a Câmara Baixa do Parlamento até março de 2026, Karki enfrentará a pressão de restaurar a confiança da população nas instituições governamentais. O Nepal, que luta com instabilidade política desde 2008, precisa urgentemente de um governo que possa estabilizar a situação econômica e social do país.
A reação da população
À medida que o país começa a voltar à normalidade, com lojas reabrindo e uma presença policial mais visível, as famílias ainda lidam com as consequências dos protestos. O clima de incerteza permanece, e a população observa atentamente os primeiros passos da nova liderança de Karki.