Reação à crítica do ataque israelense em Doha
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ao Qatar que expulse integrantes do Hamas, afirmando que tomará medidas se o país não agir.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ao Qatar que expulse integrantes do Hamas ou os leve à Justiça. Ele afirmou: “Se não o fizerem, nós o faremos”. Essa declaração foi feita em resposta a críticas ao ataque israelense contra dirigentes do Hamas no Qatar, que ocorreu no dia 10 de setembro de 2025. Netanyahu comparou a situação à resposta dos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro de 2001.
O contexto do pedido de Netanyahu
Netanyahu afirmou que Israel não permitirá que terroristas se refugiem em seu território. Ele alegou que o Qatar abriga terroristas e financia o Hamas, o que, segundo ele, é inaceitável. O premiê israelense fez analogias à postura dos EUA após o 11 de setembro, onde se comprometeram a caçar os responsáveis pelos ataques terroristas. Essa comparação foi feita para justificar a ação israelense e pressionar o Qatar a agir.
Reação do governo do Qatar
O governo do Qatar não hesitou em responder. O Ministério das Relações Exteriores do país classificou as declarações de Netanyahu como “islamofóbicas” e “imprudentes”, afirmando que tais comentários representam ameaças à soberania do Estado. O primeiro-ministro do Qatar, xeique Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, indicou que o país responderá ao ataque e que há planos para uma cúpula em Doha para discutir a situação. Ele ressaltou que a mediação do Qatar é crucial para a resolução do conflito e para a libertação dos reféns.
Implicações para a região
As afirmações de Netanyahu e a resposta do Qatar destacam a tensão crescente na região. O xeique al-Thani alertou que Netanyahu está arrastando o Oriente Médio para o “caos”. A falta de progresso nas negociações e as ações militares israelenses aumentam a hostilidade e dificultam a busca por um cessar-fogo. As famílias dos reféns que estão sob a custódia do Hamas também estão preocupadas, contando com a mediação do Qatar para uma solução pacífica.
A visão dos EUA
Em meio a esse cenário, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, também comentou sobre o ataque israelense, afirmando que a decisão foi de Netanyahu, mas que eliminar o Hamas é um “objetivo digno”. Trump destacou a complexidade da situação, que envolve a dinâmica política interna e externa, e como as ações de Israel podem impactar a segurança e a paz na região.