Carolina Arruda enfrenta desafios diários em busca de alívio para sua condição.
Carolina Arruda, de 28 anos, enfrenta a neuralgia do trigêmeo, conhecida como a pior dor do mundo.
Neuralgia do trigêmeo e seus desafios
A neuralgia do trigêmeo é uma condição que causa dores intensas e agudas no rosto, comparadas a choques elétricos. Carolina Arruda, uma estudante de medicina veterinária de 28 anos, é uma das vítimas dessa doença, que atinge menos de 0,3% da população mundial. Desde 2013, Carolina enfrenta a dor excruciante, que a levou a buscar diversas opções de tratamento em um esforço para encontrar alívio.
O início da luta de Carolina
Carolina, natural de São Lourenço e residente em Bambuí, começou a sentir os sintomas da neuralgia aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue. Inicialmente, as dores foram confundidas com problemas odontológicos, o que atrasou seu diagnóstico. Apenas após exames detalhados, os médicos confirmaram a neuralgia do trigêmeo, um diagnóstico que mudaria sua vida.
A jovem ficou nacionalmente conhecida em julho de 2024, quando revelou sua intenção de recorrer ao suicídio assistido na Suíça, devido à dor insuportável que enfrentava. Essa declaração gerou um grande debate sobre a condição e suas implicações.
Tratamentos e experiências
Desde o diagnóstico, Carolina passou por uma série de tratamentos, incluindo medicamentos, sessões de radiocirurgia e fisioterapia. A cirurgia de descompressão do nervo trigêmeo também foi tentada, mas os resultados foram temporários e as dores sempre retornaram. Em agosto de 2025, ela se submeteu a uma sedação profunda, com a esperança de “reiniciar” sua resposta ao tratamento. No entanto, Carol relatou que a intervenção não trouxe os resultados esperados e, em vez disso, agravou seu quadro.
O impacto da dor na vida de Carolina
A neuralgia do trigêmeo torna atividades cotidianas extremamente desafiadoras. Falar, mastigar ou até escovar os dentes se tornam tarefas dolorosas. Carolina, em muitos momentos, precisou se alimentar apenas com líquidos e evitar o contato verbal para minimizar o sofrimento. Esses desafios fizeram com que ela interrompesse sua rotina acadêmica e profissional, que antes era repleta de planos e aspirações.
O que vem a seguir para Carolina
Atualmente, Carolina decidiu dar um tempo nos tratamentos invasivos e priorizar seu bem-estar emocional. Ela continua utilizando terapias como a bomba de fármacos e eletrodos, mas não pretende se submeter a novas cirurgias. O médico que a acompanha, Carlos Marcelo Barros, enfatizou que a prioridade é garantir o conforto e a funcionalidade da paciente, respeitando suas decisões sobre o tratamento.
A história de Carolina Arruda destaca os desafios enfrentados por aqueles que lidam com a neuralgia do trigêmeo, uma condição que, embora rara, pode ter um impacto devastador na vida. Sua luta não só lança luz sobre a importância de um diagnóstico precoce, mas também sobre a necessidade de compreender e apoiar aqueles que sofrem com dores crônicas.