Mudança ocorre após demissão de 9.000 funcionários
Após demitir 9.000 funcionários, Novo Nordisk pede retorno ao presencial.
A Novo Nordisk, fabricante do medicamento Ozempic, determinou que todos os seus funcionários retornem ao trabalho presencial. A decisão foi comunicada um dia após a empresa anunciar a demissão de 9.000 pessoas, representando 11% do quadro de funcionários. A medida visa acelerar processos decisórios e melhorar o desempenho comercial em um cenário de forte concorrência.
Contexto da decisão
A Novo Nordisk enfrenta estagnação no crescimento das vendas e queda nas ações, perdendo US$ 450 bilhões de valor de mercado desde meados de 2024. Essa situação se agravou com a concorrência da Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, e de medicamentos genéricos. A empresa alertou que suas vendas e lucros anuais não cresceriam tão rapidamente quanto o previsto e busca reduzir custos em 8 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 1,12 bilhão) até o final de 2026.
Reações e implicações
O presidente do sindicato dinamarquês HK Privat expressou surpresa com a decisão, afirmando que trabalhar em casa e ter uma cultura vibrante de escritório não são mutuamente excludentes. A Novo Nordisk ainda permitirá que funcionários firmem acordos individuais com gerentes, garantindo um espaço para flexibilidade. A decisão da empresa segue uma tendência observada em outras grandes corporações, como JPMorgan Chase e Amazon, que também solicitaram o retorno ao trabalho presencial nos últimos anos.
O futuro do trabalho na Novo Nordisk
As novas diretrizes de trabalho podem impactar a cultura organizacional da Novo Nordisk, que até então tinha regras variáveis sobre trabalho remoto. A medida é vista como uma tentativa de fortalecer relacionamentos e colaboração entre os funcionários, mas pode ser desafiadora para aqueles que se adaptaram ao trabalho remoto. A empresa ainda não forneceu detalhes sobre como serão implementadas essas mudanças e quais serão os próximos passos para garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.