Paraná protege mulheres com tecnologia de ponta: nova monitoração simultânea salva vidas

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O projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea garante mais proteção às mulheres com medida protetiva no Paraná. A tecnologia permite alertas em tempo real e resposta imediata das forças de segurança.
O projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea garante mais proteção às mulheres com medida protetiva no Paraná. A tecnologia permite alertas em tempo real e resposta imediata das forças de segurança.

Tecnologia contra a violência

O Governo do Paraná deu mais um passo decisivo na proteção das mulheres. Por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), foi lançado nesta terça-feira (27), em Curitiba, o projeto-piloto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES). A ação faz parte do Programa Mulher Segura e integra tecnologia de ponta com acolhimento e resposta rápida para preservar vidas.

“O projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea garante mais proteção às mulheres com medida protetiva” expressa o principal objetivo do programa: impedir a aproximação do agressor e dar às vítimas a chance de escapar da violência antes que ela ocorra.

Como funciona a proteção em tempo real

A iniciativa prevê o uso de tornozeleiras eletrônicas nos agressores e celulares com rastreamento para as vítimas. Esses equipamentos permitem o monitoramento simultâneo e em tempo real. Em caso de descumprimento da medida protetiva, a vítima recebe alerta imediato, assim como a polícia.

A mulher tem acesso a informações visuais e sonoras, além de um canal direto com a central de atendimento. Já o agressor recebe alertas e, se insistir na aproximação, pode ser preso em flagrante.

A Secretaria da Segurança Pública apresenta nesta terça-feira (27) o projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES) que faz parte do Programa Mulher Segura.

Projeto começa por Curitiba e Foz

Com investimento de R$ 4,8 milhões, o projeto começa por Curitiba e, na sequência, será implementado em Foz do Iguaçu. Após o primeiro ano, a tecnologia será expandida para o restante do Estado. A empresa Spacecomm, referência mundial em monitoramento, fornecerá os equipamentos e o software do programa.

Segundo o secretário Hudson Teixeira, a ação reforça a presença do Estado. “Estamos dizendo para cada mulher paranaense que ela não está sozinha. Essa política pública transforma e salva vidas”, afirmou.

Inclusão voluntária e aval da Justiça

A participação no programa não é obrigatória. A mulher só será incluída após avaliação do Poder Judiciário, que determinará se há risco iminente à sua vida. A adesão é voluntária e depende do consentimento da vítima.

Assim que aprovada, ela receberá o celular rastreador e todas as orientações da Polícia Penal. O agressor, por sua vez, usará a tornozeleira. A comunicação entre ambos os dispositivos é feita via Bluetooth e internet, garantindo cobertura até mesmo em áreas com sinal fraco.

Integração entre órgãos e resposta imediata

A ação envolve diversos órgãos do Estado. Além da Sesp e das polícias Civil, Militar e Penal, participam o TJPR, o MPPR e a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). Todos assinaram a Instrução Normativa Conjunta nº 230/2025, que regulamenta a MES.

O sistema conta com centros de monitoramento e armazenamento de dados em tempo real. Caso o agressor ultrapasse o limite determinado pela Justiça, a viatura mais próxima é acionada com prioridade.

Resultados já aparecem

O Paraná vem colhendo frutos de sua política pública voltada à segurança da mulher. Entre 2013 e 2023, o número de homicídios de mulheres caiu 18,7%, segundo o Atlas da Violência 2025. Em 2024, nas 20 cidades com ações do Mulher Segura, os feminicídios diminuíram 18%.

Com a ampliação do programa, o Estado pretende reduzir ainda mais os casos. “Agora, com essa nova tecnologia, vamos chegar antes do agressor e proteger a mulher com mais eficiência”, destacou Teixeira.

Pioneirismo na Justiça paranaense

O Estado também inovou ao criar a primeira Câmara Criminal especializada em violência doméstica do Brasil. A nova estrutura vai acelerar os julgamentos e garantir respostas mais rápidas às vítimas. Em 2024, mais de 12 mil novos processos envolvendo esse tipo de violência deram entrada no Judiciário paranaense.

A Secretaria da Segurança Pública apresenta nesta terça-feira (27) o projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES) que faz parte do Programa Mulher Segura.

Mais proteção, mais dignidade

O projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea garante mais proteção às mulheres com medida protetiva. O Paraná mostra, mais uma vez, que segurança pública também é acolhimento, dignidade e respeito.

Como disse a secretária Leandre Dal Ponte: “Não há solução fácil para a violência contra a mulher, mas essa é uma medida concreta e transformadora.”

A Secretaria da Segurança Pública apresenta nesta terça-feira (27) o projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES) que faz parte do Programa Mulher Segura.

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