A transfusão de sangue entre pinguins é um procedimento raro
Um pinguim-de-magalhães recebeu transfusão de sangue de um colega em reabilitação e se recupera de anemia severa no Espírito Santo.
Um pinguim-de-magalhães em tratamento no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), em Vila Velha, recebeu uma transfusão de sangue nesta quarta-feira (10) e foi salvo com a ajuda de outro pinguim que já estava se recuperando. Essa transfusão é um procedimento raro, realizado poucas vezes por ano, e foi necessária devido à anemia severa do animal resgatado.
Procedimento de transfusão entre pinguins
O pinguim resgatado havia encalhado no litoral do Espírito Santo na última segunda-feira (8). Ele estava debilitado e corria risco de morte, o que levou a equipe do Ipram a buscar um doador adequado. O sangue foi doado por outro pinguim em fase mais avançada de reabilitação. O procedimento durou cerca de uma hora e o pinguim doador teve que passar por testes de compatibilidade antes da transfusão.
Importância da doação de sangue
O Ipram ressaltou a importância da doação de sangue, não só entre animais, mas também para humanos. Em seu comunicado, o instituto convidou a população a se inspirar na ação dos pinguins e a considerar a doação de sangue em hemocentros locais. O diretor presidente do Ipram, Luis Felipe Mayorga, destacou que atualmente existem 13 pinguins sob cuidados na unidade, e a solidariedade entre eles pode ser um exemplo a ser seguido.
Reabilitação e soltura dos pinguins
Os pinguins em reabilitação geralmente ficam entre 2,5 a 3 meses sob os cuidados do Ipram. A previsão é que os pinguins em fase mais avançada de recuperação sejam soltos ainda em setembro, enquanto os que chegaram recentemente, incluindo o que recebeu a transfusão, continuarão em tratamento. O instituto é responsável pela reabilitação de animais marinhos no Espírito Santo, e a equipe está sempre atenta aos casos de encalhe para garantir o melhor tratamento possível.