A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) está no centro de um debate acalorado. O deputado estadual Coronel Adailton (SD) propôs um projeto de lei que visa reconhecer o movimento ‘Legendários’ como patrimônio religioso, cultural e imaterial do estado. A iniciativa, apresentada na última quinta-feira (3/7), promete gerar discussões acaloradas entre os parlamentares.
O projeto de lei agora aguarda apreciação na Alego. Caso aprovado, o movimento ‘Legendários’ poderá integrar o calendário oficial do estado, marcando um novo capítulo na relação entre política e religião em Goiás.
Os ‘Legendários’, segundo seu site oficial, buscam “a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos”. Fundado na Guatemala em 2015 pelo pastor José “Chepe” Putzu, o movimento chegou ao Brasil dois anos depois.
As atividades do grupo, conhecidas como Track Outdoor de Potencial (TOP), envolvem desafios físicos, trilhas, acampamentos e “processos espirituais transformadores”. Os valores de participação variam significativamente, alcançando até R$ 81 mil, dependendo do local e da estrutura.
A proposta do deputado Coronel Adailton não é um caso isolado. No início de junho, o deputado Paulo Cézar Martins (PL) discursou na tribuna da Alego vestindo o uniforme do grupo, demonstrando o crescente apoio ao movimento no cenário político goiano. Além disso, Martins propôs a concessão de títulos de cidadão goiano para o fundador dos Legendários e seu diretor em Goiás.
Entretanto, o movimento também enfrenta controvérsias. Recentemente, um homem de 40 anos morreu após sofrer uma convulsão durante uma atividade do grupo em Rondonópolis, Mato Grosso. O incidente reacendeu o debate sobre a segurança e os métodos utilizados nos eventos promovidos pelos ‘Legendários’.
Fonte: http://www.metropoles.com