
Câmara de Ponta Grossa lidera defesa das escolas especiais
A Ponta Grossa se mobiliza contra ameaça às APAEs com um ato firme da Câmara Municipal, que recebeu nesta quarta-feira (4) lideranças de instituições de educação especial. O objetivo foi manifestar repúdio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7796, em tramitação no STF, que ameaça as Leis Estaduais n.º 17.656/2013 e 18.419/2015. Essas leis garantem o suporte do Estado às escolas filantrópicas como as APAEs e a APACD.
Moção ao STF pede proteção aos mais vulneráveis
O presidente da Câmara, vereador Julio Küller (MDB), apresentou uma moção de apelo ao STF. Ele defendeu a liberdade das famílias escolherem o tipo de educação mais adequado aos seus filhos. “A revogação dessas leis pode fechar escolas que atendem milhares de famílias. Seria um retrocesso humanitário e social gravíssimo”, alertou.
A moção reforça que, se a ADI for aprovada, dezenas de instituições poderão fechar as portas, prejudicando diretamente alunos com deficiência e suas famílias.
Emoção e resistência no plenário
A reunião contou com representantes da APAE e da APACD. O diretor da APAE de Ponta Grossa, Laerte Bittencourt Filho, foi direto: “A extinção do apoio do Estado significaria uma perda irreparável”. A fala mais tocante veio de Ismael Maciel Teixeira, aluno e defensor da APAE: “Aqui eu sou respeitado e me sinto capaz. Não tirem isso de nós”.
Debate nacional sobre inclusão
A ADI foi proposta pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, que alega que as escolas especiais representam um “retrocesso disfarçado de liberdade de escolha”. Já as APAEs defendem que esse direito é constitucional e garante um atendimento mais digno.
Ponta Grossa se mobiliza contra ameaça às APAEs para proteger um modelo educacional que transforma vidas e oferece dignidade a milhares de famílias paranaenses.
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