Preços do boi gordo se mantêm estáveis apesar da cheia na indústria

O mercado do boi gordo apresentou uma acomodação nos preços, mesmo diante de escalas de abate cheias em várias regiões do Brasil. O analista Fernando Henrique Iglesias destaca que as exportações têm sido um importante fator de suporte para os preços da arroba, com números recordes em 2025. O mercado atacadista também enfrenta uma estabilidade, enquanto a competitividade da carne de frango impacta as expectativas de reajustes.

O mercado do boi gordo mostra acomodação nos preços, mesmo com escalas de abate cheias.

O mercado físico do boi gordo apresentou predominante acomodação em seus preços no decorrer da quarta-feira (10). No entanto, de acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, em várias regiões do país o que se evidencia é um consistente avanço das escalas de abate. “Algumas unidades indicam escalas completas para o mês de setembro”, afirma.

“Conforme citado anteriormente, a incidência de animais de parceria (contratos a termo), somado a utilização de confinamentos próprios ajuda no alongamento das escalas de abate”. Segundo ele, as exportações ainda são um importante diferencial para oferecer suporte aos preços da arroba, com números recordes registrados ao longo de 2025. Balanço dos primeiros dias de setembro mostra uma média de embarques de 15 toneladas por dia.

Preços por região

  • São Paulo: R$ 310,83
  • Goiás: R$ 301,96
  • Minas Gerais: R$ 297,06
  • Mato Grosso do Sul: R$ 320,82
  • Mato Grosso: R$ 303,45

O mercado atacadista se depara com acomodação dos preços no decorrer da quarta-feira. Segundo Iglesias, isso acontece em um ambiente pautado por algum espaço para reajustes no curto prazo, em uma semana que ainda conta com os efeitos da entrada dos salários na economia. “Vale destacar que durante a segunda quinzena o apelo a reajustes é significativamente menor, além disso, a carne de frango ainda dispõe de maior competitividade”, assinalou.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o traseiro segue cotado a R$ 18,00 por quilo; e a ponta de agulha se mantém no patamar de R$ 17,10, por quilo. O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,54%, sendo negociado a R$ 5,4063 para venda e a R$ 5,4043 para compra.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!