Professor da UEPG integra missão espacial que busca planetas semelhantes à Terra

Pesquisador paranaense participa de projeto da ESA com objetivo de encontrar planetas com condições de vida

O professor da UEPG integra missão espacial que busca planetas semelhantes à Terra. Marcelo Emílio, docente da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foi convidado pela Agência Espacial Europeia (ESA) para compor o comitê científico do Satélite Plato, previsto para ser lançado no segundo semestre de 2026.

O Plato (sigla para PLAnetary Transits and Oscillations of stars) vai fotografar mais de 100 mil estrelas na tentativa de encontrar exoplanetas — planetas fora do Sistema Solar — com características semelhantes às da Terra. A missão busca locais com potencial para abrigar água líquida e, possivelmente, vida.

Único paranaense no comitê internacional

Ao todo, o comitê científico do Satélite Plato conta com 76 membros de diferentes países. Apenas dois brasileiros integram o grupo: Marcelo Emílio (UEPG) e Silvia Alencar (UFMG). A escolha de Emílio foi motivada por sua participação na descoberta do exoplaneta CoRoT ID 223977153-b, um feito 100% brasileiro.

“Fomos o único grupo, fora a equipe oficial do satélite CoRoT, que descobriu um exoplaneta com os dados fornecidos. Já tínhamos essa experiência anterior”, explicou Marcelo.

UEPG no espaço; conexão com a ciência global

O professor da UEPG integra missão espacial que busca planetas semelhantes à Terra e atuará como elo entre a comunidade científica brasileira e a equipe da ESA. Ele poderá representar o Satélite Plato em eventos científicos, apoiar pesquisas e participar da escolha de pontos de observação.

O satélite será lançado da Guiana Francesa, a partir do Porto Espacial Europeu, e posicionado a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, no chamado Ponto de Lagrange L2 — local estratégico entre o Sol e o nosso planeta.

Tecnologia de ponta para observar o universo

Com 26 câmeras de altíssima resolução, o Plato será capaz de detectar variações mínimas de luz causadas pelo trânsito de planetas diante de suas estrelas. Esses dados serão essenciais para entender onde podem existir mundos semelhantes ao nosso.

“O convite mostra uma integração da nossa Universidade com a comunidade internacional de pesquisa. Estaremos em um projeto de ponta, com potencial para transformar nosso conhecimento sobre o universo”, destacou o professor da UEPG.

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