Entenda o impacto da baixa em Chicago sobre os preços no Brasil
O mercado brasileiro de soja enfrenta pressão de preços devido à queda em Chicago e recuo do dólar.
O mercado brasileiro de soja encerrou esta quarta-feira (10) com poucos negócios efetivados. O referencial externo em Chicago ficou em queda e, no Brasil, o recuo mais forte do dólar adicionou pressão sobre os preços em reais, reforçando o tom negativo. A liquidez permaneceu reduzida, levando muitos produtores e ofertantes a adotarem postura mais cautelosa.
Variações de preços na soja
- Passo Fundo (RS): recuou de R$ 135,50 para R$ 135
- Santa Rosa (RS): baixou de R$ 136,50 para R$ 136
- Porto de Rio Grande (RS): foi de R$ 142 para R$ 141
- Cascavel (PR): diminuiu de R$ 136 para R$ 135
- Porto de Paranaguá (PR): retração de R$ 141,50 para R$ 140,50
- Rondonópolis (MT): decresceu de R$ 129 para R$ 128
- Dourados (MS): passou de R$ 128 para R$ 127
- Rio Verde (GO): foi de R$ 127 para R$ 126
Expectativas para o mercado
Os contratos futuros da soja recuaram na sessão desta quarta-feira na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). À espera do relatório de setembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a fraca demanda chinesa pela soja americana voltou a pesar sobre as cotações. Os agentes buscam se posicionar, aguardando os números que serão divulgados na sexta (12), às 13h.
A expectativa é que o USDA indique corte na projeção de safra dos Estados Unidos em 2025/26, com os analistas prevendo uma redução na safra americana para 4,273 bilhões de bushels, comparado aos 4,292 bilhões previstos em agosto. Para os estoques de passagem, a previsão é de 293 milhões de bushels para 2025/26, contra 290 milhões projetados em agosto.
Impacto nos estoques globais
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais de 125,6 milhões de toneladas para 2024/25, um pequeno aumento em relação aos 125,2 milhões de agosto. A indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 125,4 milhões de toneladas, uma leve alta em relação aos 124,9 milhões projetados anteriormente.
O cenário de preços baixos e a insegurança nas vendas podem impactar o mercado agrícola brasileiro nos próximos meses.