Tecnologia implementada em eventos esportivos tem se mostrado eficaz na identificação de foragidos
Sistema de reconhecimento facial prendeu 214 foragidos em dois anos nos estádios de São Paulo.
O sistema de reconhecimento facial implementado em estádios de São Paulo prendeu 214 pessoas com mandados em aberto entre setembro de 2023 e setembro de 2025. A tecnologia, que começou no Allianz Parque, se tornou obrigatória em estádios com mais de 20.000 lugares a partir de janeiro de 2025, conforme a Lei Geral do Esporte.
Objetivos da tecnologia em eventos esportivos
A Lei Geral do Esporte tem o intuito de facilitar a entrada do público e prevenir fraudes com ingressos falsificados. O reconhecimento facial para prender procurados depende de acordos com governos estaduais, que ainda são limitados. Em São Paulo, os clubes Palmeiras e Corinthians têm acordos com a SSP, batizado de Programa Muralha Paulista.
Resultados da implementação
A maioria das prisões (206) ocorreu no Allianz Parque, enquanto 8 foram registradas na Neo Química Arena. As detenções mais recentes incluem 5 homens em um jogo contra o Bahia, detidos por crimes como roubo e tráfico. Além disso, o sistema identificou 130 casos de descumprimento de medidas cautelares.
Custos e operações do sistema
A implementação do reconhecimento facial não é barata, chegando a custar cerca de R$ 3 milhões. A operação é de responsabilidade da Polícia Militar, que atua em conjunto com o sistema durante os jogos. Os alertas gerados pelo reconhecimento facial fazem com que a catraca trave, impedindo a entrada dos procurados.
Expansão da tecnologia
O estádio do Morumbi deve ser o próximo a adotar esses equipamentos, e outras arenas, como a Vila Belmiro, estão em negociações para implementação até 2025. No Brasil, 41 estádios têm capacidade superior a 20.000 lugares, com 21 já operando com reconhecimento facial. Uma cooperação nacional deve integrar clubes e arenas ao sistema até o primeiro semestre de 2026.