Relator da PEC da Segurança busca relatório imparcial

Deputado Mendonça Filho visa evitar viés ideológico na proposta

Mendonça Filho busca construir um relatório da PEC da Segurança Pública sem influências partidárias.

O relator da PEC da Segurança Pública, deputado Mendonça Filho (União-PE), afirmou nesta terça-feira (9) que pretende construir um relatório equilibrado e desprovido de influências partidárias. A declaração foi feita durante a instalação da comissão especial responsável por analisar o mérito da proposta, que já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Sua expectativa é de que o texto possa ser concluído até o mês de novembro.

Ao assumir oficialmente a relatoria, o deputado reiterou que sua condução dos trabalhos buscará neutralidade. “Eu sei que é difícil você debater um tema tão polêmico, tão crítico para a sociedade brasileira, sem que você possa ser contaminado com o viés ideológico e político partidário, mas esse será o meu norte, esse será o meu caminho como relator”.

Proposta de constitucionalização do sistema de segurança

A proposta, elaborada pelo governo federal, constitucionaliza o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e reforça o papel da União na coordenação da segurança. O texto também amplia competências da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de transformar esta última em uma força ostensiva de caráter multimodal, chamada Polícia Viária Federal.

Mendonça Filho reconheceu a importância da União no combate ao crime organizado, mas defendeu um modelo descentralizado. “Acredito muito que política de segurança pública se faz de forma descentralizada, com a cooperação. (…) Se por ventura não houver cooperação e atuação direta dos estados e dos municípios, é impossível você combater o crime”.

Foco na população e não nas corporações

O deputado reforçou que o foco de sua atuação será a população, e não as corporações. “As forças de segurança existem para proteger a população e não o inverso. Então, a gente vai ter que nortear o caminho nessa direção”.

O relator afirmou ainda que pretende ampliar o debate, envolvendo especialistas, acadêmicos e profissionais da segurança. “Essa é uma missão que eu não farei e não exercerei de forma isolada”, declarou.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!