Tendência revisitada com o uso de medicamentos para emagrecimento
A magreza extrema está retornando como tendência na moda, impulsionada por novos medicamentos e um conservadorismo crescente.
A magreza extrema volta a ser uma tendência na moda, impulsionada pelo uso de novos medicamentos para emagrecimento como o Ozempic. Observa-se uma diminuição no número de modelos curvilíneas nas passarelas, refletindo uma volta a padrões antigos de beleza.
Movimentos de body positivity em declínio
Apesar do avanço dos movimentos de body positivity, que promovem a aceitação de corpos diversos, a realidade parece estar mudando. Estudos recentes indicam que a representação de corpos mais curvilíneos está em queda, enquanto modelos magras dominam os desfiles das principais semanas de moda. A normalização da magreza extrema é preocupante, especialmente em um contexto onde medicamentos para emagrecimento se tornaram populares.
Impacto dos novos tratamentos
Os novos tratamentos para controle de peso têm atraído não apenas aqueles que desejam emagrecer, mas também pessoas que não têm necessidade de perder peso. A endocrinologista Jacqueline Rizzolli ressalta que isso pode levar ao uso indevido desses medicamentos e ao desenvolvimento de transtornos alimentares. A estética da magreza extrema, que havia perdido tração, parece encontrar um novo espaço, levantando questionamentos sobre saúde e padrões de beleza.
A moda e a saúde pública
No Brasil, a São Paulo Fashion Week (SPFW) nota uma redução no número de modelos plus size, embora não tenha um acompanhamento sistemático dos tamanhos. Graça Cabral, cofundadora da SPFW, destaca a preocupação em manter a diversidade nas passarelas, mas reconhece que a escolha dos modelos é feita pelas marcas. O fenômeno da magreza extrema também está ligado a questões de classe social, uma vez que os tratamentos para emagrecimento possuem altos custos, enquanto a obesidade cresce entre as populações de baixa renda.
O futuro do body positivity
A nova geração parece mais ativa na cobrança por diversidade e inclusão. Krizia Gatica, consultora da WGSN Mindset, acredita que as marcas precisam se comprometer mais profundamente com essas questões, pois a pressão social por práticas inclusivas está crescendo. O debate sobre a magreza extrema e seus impactos continua relevante, e as implicações para a saúde mental e o bem-estar da sociedade são inegáveis.