Sem anistia: atos em SP, RJ e Brasília defendem democracia e soberania

Manifestações de esquerda marcam o feriado da Independência em várias cidades do Brasil.

A Independência foi marcada por atos em defesa da democracia e contra a anistia para Bolsonaro.

Sem anistia em atos em SP, RJ e Brasília

O feriado da Independência, celebrado no dia 7 de setembro, foi marcado por diversas manifestações de esquerda em várias cidades do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Esses atos tiveram como principais eixos a defesa da soberania nacional e a oposição à proposta de anistia para Jair Bolsonaro e seus aliados, que enfrentam investigações e condenações pelos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Antecedentes das manifestações

Os protestos ocorreram em um contexto de polarização política, onde a retórica em favor da anistia por parte do bolsonarismo contrastou com as vozes progressistas que clamavam pela condenação dos responsáveis pelos ataques ao sistema democrático. As manifestações foram convocadas por centrais sindicais, partidos de esquerda e movimentos sociais, que mobilizaram a população para reafirmar a importância da democracia e da justiça.

O que foi decidido nos atos

Em São Paulo, a Praça da República se transformou em um espaço de resistência, reunindo cerca de 8,8 mil pessoas, segundo estimativas do Monitor do Debate Político do Cebrap/USP em colaboração com a ONG More in Common. O ato contou com a participação de ministros do governo Lula e líderes de partidos como o PT e o PSOL. As bandeiras exibidas pelos manifestantes destacavam a defesa da soberania e a rejeição à anistia, além de críticas ao tarifaço de Donald Trump, que impôs tarifas elevadas a produtos brasileiros.

“Neste 7 de setembro e todos os outros dias, defendemos a nossa verdadeira independência.” – Glauber Braga, deputado do PSOL.

Na capital federal, o Grito dos Excluídos teve um grande simbolismo, destacando a luta por justiça e democracia. O evento, realizado na Praça Zumbi dos Palmares, ocorreu em paralelo ao desfile militar na Esplanada dos Ministérios. O lema do grito deste ano foi “Cuidar da casa comum e da democracia”, refletindo a preocupação com os rumos do país.

Quem é quem nas manifestações

#### Jair Bolsonaro
Ex-presidente e principal alvo das manifestações, Bolsonaro é criticado por seus apoiadores que clamam por anistia, enquanto enfrenta investigações sobre os eventos de 8 de janeiro.

#### Ministros do governo Lula
Participaram das manifestações em São Paulo, incluindo Alexandre Padilha (Saúde) e Luiz Marinho (Trabalho), reforçando a posição do governo em defesa da democracia.

#### Glauber Braga
Deputado do PSOL, Braga foi uma das vozes proeminentes no ato em Brasília, defendendo a soberania nacional e criticando a associação de bolsonaristas com o ex-presidente dos EUA.

Efeitos esperados para a política nacional

As manifestações de 7 de setembro podem ter impactos significativos nas discussões políticas atuais, especialmente em relação à proposta de anistia. Com a mobilização popular expressando descontentamento, é possível que haja uma pressão crescente sobre o Congresso para que a proposta não avance. Além disso, as pautas trabalhistas levantadas durante os atos podem influenciar as futuras discussões sobre políticas sociais e tributárias.

O que acompanhar a partir de agora

As próximas semanas serão cruciais para observar como a pressão popular e as manifestações influenciarão o cenário político. O acompanhamento das discussões sobre a anistia e a reação do governo e do Congresso será essencial para entender os desdobramentos. Além disso, as reivindicações sociais e trabalhistas levantadas durante os atos podem impulsionar novas mobilizações e debates no âmbito legislativo.

EM ALTA

MAIS NOTÍCIAS!