Ação judicial questiona cortes sem aviso prévio apesar de lucros bilionários
Sindicato dos Bancários de São Paulo entra com ação judicial contra o Itaú por demissões de 1.000 funcionários sem aviso prévio.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região decidiu entrar com uma ação judicial contra o Itaú após a demissão de aproximadamente 1.000 funcionários na 2ª feira (9.set.2025). A ação questiona as demissões que ocorreram sem aviso prévio, em um momento em que a instituição financeira registrou um lucro de R$ 22,6 bilhões no último semestre.
Contexto das demissões
Os cortes afetaram funcionários que trabalhavam principalmente em regime de teletrabalho. O Itaú justificou as demissões como parte de uma revisão de condutas relacionadas ao trabalho remoto. Entretanto, o sindicato contesta a falta de diálogo e a avaliação de desempenho utilizada para os desligamentos.
Repercussão e mobilização
A entidade sindical promoveu uma plenária com os trabalhadores demitidos para discutir a situação e planejar as próximas ações. Neiva Ribeiro, presidente do sindicato, enfatizou que as demissões são injustificadas e que a empresa não respeitou as regras básicas de proteção ao emprego e a mesa de negociação coletiva.
Implicações legais
Com a ação judicial, o sindicato busca reverter as demissões e responsabilizar o Itaú pelo desrespeito à legislação trabalhista. A expectativa é que a justiça reconheça a irregularidade dos desligamentos e proteja os direitos dos trabalhadores afetados.
A situação se intensifica em um cenário em que o setor bancário continua a registrar lucros expressivos, levantando questionamentos sobre a responsabilidade social das instituições financeiras e a proteção dos trabalhadores.