Sindicatos e movimentos sociais se mobilizam em ato por soberania

Milhares de pessoas se reuniram em São Paulo para defender a soberania popular e direitos dos trabalhadores.

Ato por soberania em São Paulo

Em um evento significativo, milhares de pessoas se reuniram neste domingo (7) na Praça da República, em São Paulo, em um ato promovido por movimentos sociais e centrais sindicais. A mobilização, que também ocupou uma avenida adjacente, teve como foco a defesa da soberania popular e de pautas relacionadas aos direitos dos trabalhadores.

A manifestação abordou questões importantes como a solicitação de fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil e a implementação de uma taxação progressiva para os mais ricos. Além disso, os participantes expressaram sua oposição à anistia e a intervenções como o tarifaço proposto pelo governo Donald Trump.

Mobilização e discursos de líderes

Gilmar Mauro, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, destacou a resiliência dos movimentos sociais frente a desafios históricos. “Nós enfrentamos governos de direita e nos mantivemos firmes; superamos uma pandemia e um governo neofascista”, afirmou, ressaltando a importância de estar presente e ativo na luta. Mauro enfatizou que o ato simboliza a resistência e o comprometimento dos militantes com a causa.

O deputado estadual Antônio Donato, líder do PT na assembleia, também se manifestou, alertando sobre um possível novo golpe em tramitação. “Estamos ocupando as ruas e as redes para combater o ataque à nossa soberania e defender a democracia. Um novo golpe está sendo tramado, que é a anistia”, declarou. Essa mobilização foi acompanhada por mensagens claras contrárias à aprovação de qualquer proposta que minasse a soberania nacional.

A presença de militantes e autoridades

A manifestação contou com a presença de militantes de diversos partidos de esquerda, refletindo a união em torno da causa. Malvina Joana de Lima, pedagoga aposentada e petista de longa data, compartilhou sua determinação em continuar lutando por um Brasil soberano, destacando sua resistência ao longo de sua trajetória. Maria das Graças, auxiliar de enfermagem aposentada, também expressou a importância de estar presente nas ruas, afirmando que a luta pela pátria é essencial.

Os ministros Luiz Marinho, do Trabalho, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, também compareceram ao ato, representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanhou os desfiles em Brasília. A presença de autoridades governamentais reforçou a legitimidade das demandas apresentadas no evento.

Reflexões sobre a democracia e soberania

Os discursos durante a mobilização ressaltaram a interconexão entre soberania e democracia. Ricardo Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares, destacou que “não há democracia sem soberania” e advertiu sobre os perigos da anistia, que poderia desmotivar a população e comprometer a justiça no país. A manifestação foi uma clara demonstração de que os cidadãos estão atentos e dispostos a lutar por seus direitos e pela autonomia nacional.

A mobilização de hoje em São Paulo é um reflexo das tensões políticas atuais e das preocupações com a soberania nacional. Os participantes deixaram claro que, independentemente dos desafios, continuarão a lutar por um Brasil mais justo e soberano, sempre prontos para se manifestar contra qualquer ameaça à democracia.

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