Sobrevivente de ataque em Jerusalém descreve momentos de terror

Aryeh Shiri, brasileiro de 77 anos, narra a experiência de um atentado a tiros na cidade

Aryeh Shiri, brasileiro, estava em um ônibus alvo de ataque em Jerusalém e escapou por pouco.

Aryeh Shiri, um brasileiro de 77 anos, estava em um ônibus em Jerusalém quando um ataque a tiros ocorreu. Ele desceu do veículo segundos antes dos disparos começarem, acreditando que escapou de um destino trágico “por um milagre”. O ataque, que deixou seis mortos e 11 feridos, aconteceu em Ramot Junction, por volta das 10h15 locais (4h15 de Brasília). Shiri estava visitando a filha, que vive em Israel há mais de 30 anos.

O que aconteceu durante o ataque em Jerusalém

Ao descer do ônibus, Aryeh ouviu os sons ensurdecedores dos tiros. Um vídeo do momento mostra a confusão e o desespero das pessoas correndo para se proteger. O brasileiro, que mancou devido a um problema no joelho, levou alguns segundos para entender a gravidade da situação antes de se juntar à multidão que fugia. Em sua descrição, ele disse: “Se eu estivesse na parte de dentro, eu estava morto, porque eu estava bem atrás do motorista”.

Perfil dos agressores e consequências do ataque

Os atiradores, que chegaram em um carro, dispararam contra o ponto de ônibus e foram neutralizados por um segurança e um civil armados. Entre as vítimas do ataque estão o rabino Yosef David e o rabino Mordechai Steintzag, além de outros civis. Após o ocorrido, Shiri voltou ao local e se deparou com a cena aterradora dos feridos e mortos, descrevendo-a como “assustadora”. A resposta de grupos militantes a este ataque foi rápida, com o Hamas elogiando os agressores.

Reações das autoridades israelenses

As autoridades israelenses prometeram uma resposta contundente. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou que um “poderoso furacão” atingiria Gaza em retaliação. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu visitou o local do ataque e afirmou que Israel está empenhado em uma “guerra poderosa contra o terror”. Em contrapartida, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, fez declarações extremas sobre a Autoridade Palestina, afirmando que a entidade deve “desaparecer do mapa”.

A posição da Autoridade Palestina

A Autoridade Palestina, em uma rara declaração, condenou o ataque e expressou sua rejeição à violência, tanto contra civis palestinos quanto israelenses. Essa postura é significativa, pois a entidade tem evitado se pronunciar sobre atos de violência realizados por palestinos nos últimos anos. Essa condenação pode indicar uma tentativa de distanciar-se de radicais e reafirmar sua posição em um contexto tão volátil.

A experiência de Aryeh Shiri serve como um lembrete da fragilidade da paz em regiões afetadas por conflitos. O que ocorrerá a seguir em Jerusalém e na relação entre Israel e a Palestina será crucial para determinar os próximos passos de ambos os lados. As reações, as consequências políticas e a segurança da população local devem ser acompanhadas de perto.

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