Ministros voltam a se reunir para julgar ex-presidente e outros réus
O STF pode formar uma maioria para condenar Jair Bolsonaro e outros réus acusados de trama golpista.
Os ministros da Primeira Turma voltam a se reunir na manhã desta quarta-feira, no STF, para julgar Jair Bolsonaro e os outros sete réus acusados pela PGR de tramarem um golpe de Estado. A expectativa é que, com o voto do ministro Luiz Fux, a Corte atinja a maioria para condenar os réus por diferentes crimes da ação da trama golpista.
O que foi dito sobre o julgamento
Após Alexandre de Moraes apresentar um voto contundente para condenar todos os réus do chamado “núcleo crucial” da denúncia, Luiz Fux também se prepara para apresentar seu voto, que promete ser extenso e sem interrupções. Fux deve divergir de Moraes em relação à validade da delação de Mauro Cid e na análise das provas coletadas pela Polícia Federal.
Quem são os réus envolvidos
Os réus do caso incluem Jair Bolsonaro, ex-presidente; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; General Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil. As acusações contra Bolsonaro são graves, incluindo a tentativa de assassinar Lula e instigar um governo de exceção.
Expectativas para os próximos passos
Os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ocorrerão nas próximas sessões. Se as condenações forem confirmadas, será discutido na sexta-feira as penas a serem aplicadas. A qualidade das provas reunidas pela PGR é um fator que tem chamado a atenção dos ministros, segundo Zanin. O desfecho do julgamento pode impactar não só os réus, mas também a política brasileira como um todo.