Tarifaço de Trump: Apex Brasil busca alternativas para exportadores e negocia em Washington

Diante do recente tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) intensifica esforços para mitigar os impactos negativos. Jorge Viana, presidente da Apex Brasil, defendeu um pragmatismo estratégico para enfrentar a medida protecionista, buscando tanto o diálogo em Washington quanto a diversificação de mercados para os produtos nacionais.

A atuação da Apex Brasil se divide em duas frentes principais. Em Washington, a agência busca a exclusão de determinados itens do pacote tarifário, atenuando o impacto sobre setores específicos. Paralelamente, no Brasil, o foco está em identificar e desenvolver novos mercados para as empresas que dependem fortemente das exportações para os Estados Unidos, oferecendo alternativas e reduzindo a vulnerabilidade.

“Dos produtos que ficam, tem produtos que já estavam taxados, que estavam com a tarifa alta. Tem o restante que estamos com uma luta, que vai seguir setor por setor, para ver se a gente exclui mais itens”, declarou Viana, demonstrando o empenho da agência em proteger os interesses dos exportadores brasileiros. A medida, oficializada por Donald Trump, adiciona uma sobretaxa de 50% sobre grande parte dos produtos enviados do Brasil para os EUA, em um contexto de crescente protecionismo comercial.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o plano de contingência do governo brasileiro já foi finalizado e aguarda a aprovação do presidente Lula. A expectativa é que o plano seja implementado por meio de medida provisória (MP), garantindo efeitos imediatos enquanto tramita no Congresso Nacional. Haddad também confirmou uma reunião virtual com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, agendada para 13 de agosto, para discutir a questão das tarifas.

Além disso, o governo busca união de esforços com o setor do agronegócio para enfrentar o tarifaço, conforme declarou o ministro Haddad. A Apex Brasil segue atenta ao cenário, buscando soluções para minimizar os prejuízos e promover o crescimento das exportações brasileiras em um mercado global cada vez mais desafiador.

Fonte: http://www.metropoles.com

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