Tentativas de Trump de interferir em outros países não surtiram efeito

As pressões do ex-presidente americano para influenciar processos judiciais ao redor do mundo não tiveram sucesso.

As tentativas de Trump para influenciar processos judiciais em outros países não tiveram sucesso até agora.

Nos últimos meses, Donald Trump tem procurado interferir em processos judiciais fora dos Estados Unidos para apoiar aliados políticos. Entre os casos mais notáveis estão as pressões sobre o Brasil, Israel e a França. O ex-presidente tentou influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de defender Binyamin Netanyahu e Marine Le Pen, ambos enfrentando sérios desafios legais. Essa abordagem, considerada uma “diplomacia do espelho”, reflete a identificação de Trump com políticos de direita que se sentem perseguidos por sistemas judiciais.

O que Trump tentou e o que aconteceu

Trump tem alegado que as investigações contra aliados são uma forma de “caça às bruxas”. Ele expressou apoio a Bolsonaro, afirmando que a investigação contra o ex-presidente brasileiro é um ataque político. Já em relação a Netanyahu, Trump pediu que seu julgamento fosse cancelado, mas um tribunal em Jerusalém rejeitou o pedido.

Na França, após a condenação de Marine Le Pen por desvio de recursos, Trump também se manifestou, caracterizando a situação como uma tentativa de silenciar vozes conservadoras. Além disso, no contexto colombiano, Trump não se pronunciou diretamente sobre a condenação de Alvaro Uribe, mas seu secretário de Estado criticou o sistema judiciário local.

A diplomacia e suas falhas

Apesar das tentativas de Trump de intervir em processos judiciais e eleições em países como Polônia e Romênia, os resultados têm sido mistos. Embora um candidato conservador na Polônia tenha vencido, na Austrália e no Canadá, candidatos alinhados ao trumpismo perderam para centristas. Isso levanta questões sobre a eficácia da influência de Trump fora dos Estados Unidos, especialmente em um momento em que seu apoio a aliados é cada vez mais contestado.

O impacto nas eleições brasileiras

A pressão de Trump para influenciar o julgamento de Bolsonaro é vista por analistas como parte de uma estratégia maior para eleger um candidato alinhado ao trumpismo no Brasil em 2026. O governo brasileiro acredita que essa interferência pode se intensificar conforme as eleições se aproximem. Caso o candidato não alcance a vitória, há temores de que a Casa Branca tente deslegitimar o resultado, semelhante ao que ocorreu nas eleições americanas de 2020.

As tentativas de Trump de interferir nos sistemas judiciários e nas eleições de outros países refletem uma estratégia política que, até agora, não tem mostrado resultados concretos. O futuro político de seus aliados permanece incerto, e a resposta dos sistemas judiciários locais sugere uma resistência a essa forma de influência externa. Com o panorama político global em constante mudança, a capacidade de Trump de moldar eventos em outras nações ainda é uma questão em aberto.

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