Um laudo técnico da Polícia Científica de Ponta Grossa confirmou que o bebê Emanuel Benício Rodrigues Stefanczuk, de apenas dois meses, foi espancado até a morte. A causa do óbito foi “traumatismo cranioencefálico”, segundo o médico legista responsável pelo exame.
O principal suspeito é o próprio pai da criança, que está preso preventivamente. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) conduz a investigação do caso, que gerou forte comoção em todo o estado.
Lesões externas e internas comprovam agressão brutal
De acordo com o laudo, Emanuel apresentava diversas lesões. Veja os principais pontos:
Lesões externas:
• Hematoma no olho esquerdo;
• Hematoma de 0,5 cm na pálpebra superior direita;
• Escoriação de 1,5 cm na bochecha direita;
• Hematoma na gengiva inferior;
• Hematomas na cabeça;
• Hematoma atrás da orelha direita.
Lesões internas:
• Fraturas no crânio;
• Hematoma cerebral;
• Hemorragia entre o cérebro e o tecido protetor;
• Pequenos hematomas no pulmão;
• Pequenos hematomas no coração.
Esses ferimentos comprovam que o bebê foi espancado até a morte.
Suspeito tem histórico de agressões
O pai da criança foi detido em flagrante e levado à 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP). No local do crime, a polícia encontrou uma faca ensanguentada enrolada em um pano, além de um martelo com vestígios de sangue. Também havia uma garrafa de bebida alcoólica aberta na residência.
Segundo o Portal, o suspeito já tinha antecedentes por violência doméstica, inclusive contra crianças. Em 2021, ele foi acusado de agredir outro recém-nascido. Em 2016, ele teria dado um tapa no rosto de uma criança de três anos, causando lesões.
Mãe procurou ajuda na GCM
O crime ocorreu na madrugada de sábado (19), na rua Catão Monclaro, em Ponta Grossa. A mãe de Emanuel levou o bebê já sem vida até a base central da Guarda Civil Municipal (GCM). Segundo o relato, ela havia deixado o filho sob os cuidados do pai para ir trabalhar. Ao retornar, tentou buscar ajuda, mas foi inicialmente impedida pelo companheiro.