Trama golpista: sessão desta terça deve ter votos de Moraes e Dino sobre questões processuais

Ministros do STF irão decidir sobre a acusação de organização criminosa envolvendo Jair Bolsonaro.

Julgamento da trama golpista será retomado nesta terça-feira com votos de ministros do STF.

Trama golpista

O julgamento da trama golpista, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, será retomado nesta terça-feira. Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) irão apresentar seus votos, que determinarão se os acusados serão absolvidos ou condenados. O foco está na atuação de uma organização criminosa que, segundo a acusação, visava garantir a permanência de Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Expectativas sobre os votos dos ministros

A expectativa é que os votos de Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino sejam apresentados de forma detalhada. Ambos os ministros devem analisar as provas reunidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidir sobre a existência de um golpe de estado. Além disso, terão que avaliar se os elementos apresentados confirmam a participação dos réus nos supostos crimes.

Os advogados de defesa, por sua vez, contestam a validade das provas e defendem a absolvição dos réus, argumentando que não há indícios suficientes para sustentar as acusações. Moraes e Dino devem enfrentar questões processuais levantadas pelas defesas, que podem influenciar o rumo do julgamento.

“As provas devem confirmar a acusação de golpe, mas a defesa argumenta a falta de elementos”.

Questões processuais e estratégias de defesa

Entre as questões processuais, os advogados de Bolsonaro pedem a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, alegando cerceamento de defesa. O ex-ministro Braga Netto também contesta a delação e solicita a anulação da ação penal, argumentando suspeição na atuação de Moraes.

Além disso, a defesa do ex-ministro argumenta que a competência para julgar o caso não é do STF, solicitando que o processo seja enviado à Justiça Comum. Tais movimentações indicam um esforço para minar a credibilidade das provas apresentadas pela PGR.

O papel da Procuradoria-Geral da República

A ação contra Bolsonaro e os outros réus se originou a partir de uma denúncia da PGR, que alega a ocorrência de cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de estado. A PGR sustenta que a organização criminosa foi formada com o intuito de desestabilizar o processo democrático no Brasil, e agora espera-se que os ministros do STF analisem se as evidências são suficientes para sustentar as acusações.

O que esperar das próximas sessões

O voto de Moraes, que é esperado para esta terça-feira, deve abordar tanto as questões processuais quanto o mérito. Após sua apresentação, Flávio Dino deve seguir com o seu voto. A sequência de votos dos ministros está programada para seguir a ordem: Moraes, Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.

Enquanto isso, a expectativa em torno dos votos é alta, e o andamento do julgamento pode influenciar a percepção pública sobre a responsabilidade dos réus na trama golpista. Os ministros não têm um tempo fixo para suas falas, o que pode tornar a sessão imprevisível.

Nos próximos dias, a atenção do país se volta para o STF, na expectativa de que as decisões tomadas possam moldar o cenário político e judicial nacional.

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