Presidente do PL reafirma compromisso com candidatura do ex-presidente, mesmo diante de incertezas legais.
Valdemar Costa Neto reafirma que o plano do PL é lançar Bolsonaro à presidência, mesmo com sua inelegibilidade.
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou que o plano do partido para as eleições de 2026 segue inalterado, com Jair Bolsonaro como candidato à presidência. Essa afirmação foi feita no último sábado, em meio a um cenário complexo, já que o ex-presidente enfrenta a inelegibilidade devido a condenações no TSE e um julgamento iminente no STF, que pode resultar em uma pena significativa.
Valdemar deixou claro em sua conta no X que “não temos plano B. O nosso plano é Bolsonaro candidato”. Essa declaração surge em um momento em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado o principal herdeiro político de Bolsonaro, intensifica sua atuação em busca de uma anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. Essa proposta, articulada pelo PL e outros partidos, visa reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, que é um ponto central a ser debatido no Congresso.
O que foi decidido na reunião do PL
Durante a reunião, Valdemar e outros líderes do PL enfatizaram a importância de manter a candidatura de Bolsonaro como prioridade. As discussões também giraram em torno da proposta de anistia, que obteve apoio de partidos como PP, União Brasil e Republicanos. Juntas, essas siglas detêm um total de 242 deputados, o que representa uma base considerável para a proposta.
Contudo, a iniciativa não é unânime. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que pertence ao União Brasil, já manifestou sua oposição à proposta e planeja apresentar uma alternativa. Essa divisão dentro do legislativo pode complicar o futuro da candidatura de Bolsonaro e suas pretensões políticas.
“Não temos plano B. O nosso plano é Bolsonaro candidato.”
Quem é quem na articulação política
#### Valdemar Costa Neto
Presidente do PL, Valdemar é uma figura central na articulação da candidatura de Bolsonaro, mesmo diante das dificuldades legais. Ele defende a continuidade do projeto político do ex-presidente.
#### Tarcísio de Freitas
Governador de São Paulo e considerado o principal sucessor de Bolsonaro, Tarcísio tem atuado ativamente para trazer a pauta da anistia à tona, buscando apoio tanto na base quanto na oposição.
#### Davi Alcolumbre
Presidente do Senado e membro do União Brasil, Davi se posicionou contra a anistia e deve apresentar um projeto alternativo, o que poderá impactar as estratégias do PL.
Efeitos esperados para a candidatura de Bolsonaro
A candidatura de Bolsonaro está cercada de incertezas. Caso o STF decida pela condenação do ex-presidente, isso poderá inviabilizar sua participação nas eleições de 2026. Entretanto, se a proposta de anistia for aprovada, a situação legal de Bolsonaro poderá ser revertida, abrindo caminho para sua candidatura. Além disso, a atuação de Tarcísio como herdeiro político pode influenciar a mobilização de eleitores e aliados.
Os partidos que apoiam a proposta de anistia não apenas tentam garantir a continuidade do projeto bolsonarista, mas também pretendem consolidar uma base sólida no Congresso. A articulação em torno de Tarcísio e a possível aliança com outros partidos do Centrão são fatores que podem decidir o futuro da candidatura de Bolsonaro. Os próximos dias serão cruciais para definir os próximos passos dos envolvidos nessa trama política.
A situação se torna ainda mais complexa com os movimentos do governador de São Paulo, que, se eleito, já sinalizou que um de seus primeiros atos seria a concessão de um indulto a Bolsonaro. Esse elemento pode galvanizar o apoio ao ex-presidente, mas também gera resistência entre os opositores, que veem essa manobra como uma tentativa de escapar das consequências legais.
A dinâmica entre os partidos e os candidatos pode mudar rapidamente, e a expectativa é que os desdobramentos nos próximos dias moldem o cenário político nacional. A pressão por uma definição clara sobre a candidatura de Bolsonaro e o andamento das discussões sobre a anistia vão continuar a ser temas centrais no debate político brasileiro.