Apoio aos condenados e críticas ao STF marcam o evento
A vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro reuniu apoiadores que clamavam por proteção e um milagre após sua condenação.
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) se reuniram em uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente após a sua condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de prisão. Os discursos criticavam o ministro Alexandre de Moraes, do STF, clamavam por Bolsonaro candidato à Presidência em 2026 e pediam por proteção à família do ex-presidente.
Os cerca de 40 apoiadores que se reuniam no terreno descampado em frente ao condomínio Solar de Brasília gritavam “Bolsonaro”. Eduardo Torres, irmão de Michelle Bolsonaro, questionou: “E agora, Jesus, quem Bolsonaro vai indicar [à Presidência]? Sabem qual a resposta?”. O candidato será Jair Messias Bolsonaro, anunciava ele, prometendo que o milagre ainda estava por vir.
Manifestações e críticas ao STF
O carro de som que liderava a vigília também teve orações de pastores, entre eles o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ). Uma faixa com os dizeres “Volta Bolsonaro” e uma bandeira do Brasil estavam penduradas no veículo. Além disso, um Bolsonaro de papelão em tamanho real foi colocado em frente ao carro de som.
Apoiadores de diferentes idades ajoelhavam e oravam, embrulhados em bandeiras do Brasil ou de Israel. O evento foi interrompido por carros de pessoas que criticavam o ex-presidente, gritando por “cadeia” e buzinando. Alguns entraram no estacionamento onde estava o carro de som, provocando os bolsonaristas. Sóstenes Cavalcante expressou seu agradecimento a Deus por estar entre “irmãos de Cristo” e criticou o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “endemoniado”.
O clima entre os apoiadores
A vigília teve um clima de fervor religioso e político, com os participantes manifestando sua fé em um futuro político para Bolsonaro. Eles acreditam que a condenação do ex-presidente é uma forma de perseguição política, e o evento foi uma maneira de se unirem em apoio a ele. A mobilização também refletiu a polarização política que o Brasil enfrenta atualmente, com apoiadores de Bolsonaro se sentindo ameaçados por decisões do STF e a oposição se manifestando contra ele.
Com essa vigília, os bolsonaristas buscam reafirmar sua lealdade ao ex-presidente e expressar sua esperança em um retorno político do mesmo nas próximas eleições.