Zambelli na mira da Câmara: Processo de cassação avança em meio a polêmicas e prisão na Itália

O processo de cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ganhou novos contornos com sua recente prisão na Itália. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada enfrenta agora a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A defesa da parlamentar tenta impedir a cassação, enquanto o PT intensifica a pressão para que a perda de mandato seja decretada o mais rápido possível.

A tramitação do caso na CCJ está sob a relatoria do deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR). Ele adiou a apresentação do parecer para o segundo semestre, prometendo avaliar os pedidos da defesa de Zambelli antes de emitir sua decisão. A prisão da deputada em Roma, noticiada inicialmente por um deputado italiano e confirmada pela Polícia Federal brasileira, adiciona mais um elemento de complexidade ao já conturbado processo.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a tramitação do caso na CCJ como “anômala e ilegal”, defendendo o encaminhamento imediato da cassação para a Mesa Diretora. “Não há espaço para tergiversações: não existe previsão legal para o exercício remoto, clandestino ou fictício do mandato por quem está condenada, presa e em processo de extradição”, declarou Lindbergh, em nota. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por sua vez, defendeu a legalidade do processo na CCJ, aguardando o posicionamento oficial das autoridades italianas e do Ministério da Justiça.

Em meio à controvérsia, Carla Zambelli divulgou um vídeo onde afirma ter se entregado voluntariamente às autoridades italianas, expressando confiança em sua inocência e declarando que não pretende cumprir pena no Brasil. “Se tiver que cumprir qualquer pena, será na Itália, que é um país justo e democrático”, disse a deputada no vídeo. A Justiça italiana agora analisa o pedido de extradição do Brasil, com um prazo de 48 horas para decidir sobre a soltura, prisão domiciliar ou extradição de Zambelli.

Após a análise na CCJ, o parecer de Diego Garcia será submetido à votação no plenário da Câmara, onde a decisão final sobre a cassação de Carla Zambelli será tomada. O desfecho desse caso, marcado por reviravoltas e intensa disputa política, promete impactar o cenário político nacional.

Fonte: http://www.metropoles.com

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